segunda-feira, 14 de julho de 2008

Vive La France!



Essas são algumas caras que retratam o resultado da comemoração da queda da Bastilha!
Dá-lhe viiiiinho!

Brincadeiras a parte, depois de alguns dias de silêncio... aquele meu silêncio, o sempre necessário à senhorita Lula Molusco... aqui está a tua pequeníssima homenagem, meu anjo-amigo-irmão. O único que entende o abajur cor de carne e que seria capaz de viajar um quase total de 20 horas de carro comigo (ou melhor, eu com ele) para SP e ainda afirmar que eu não causo nenhum tipo de overdosagem.

A resposta ao teu post sobre amizades desinteressadas e mais importante ainda, despreocupadas quanto a palavras ou níveis de demonstração afetiva, acontece diariamente.

Amo-te.
;)
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terça-feira, 8 de julho de 2008

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Quando a criança era criança
andava balançando os braços
e não sabia que era criança
queria que o riacho fosse rio
que o rio fosse torrente, e poça d’agua, mar
e tudo era cheio de vida
e a vida era uma só.

Quando a criança deixou de ser criança
o mar já se transforma em rio
e o rio em poças e as poças em gotas d’agua
e as gotas d’agua no vento seco do deserto
e desapareceram as asas e houve o regresso
ao único átomo e suas derradeiras partículas
e a criancinha loura então aprendeu a dançar.

E quando a criança não era mais criança
ficou imóvel com os braços e o sorriso
e não acreditou mais que o riacho era rio
e o rio torrente e a torrente era o mar
e viu que nem tudo era cheio de vida - e também
que já tinha hábitos e opiniões e sabia dançar
e a vida, enfrentando-a, não era uma só

e já não havia mais nem asas nem a magia do tempo.

Álvaro Pacheco, in Asas de Criança.

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Arte de Kelly Vivanco.